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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Resíduo da Construção Civil

Fonte: http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=1255
Um ano depois do terremoto que matou 230 mil pessoas e deixou um milhão de desabrigados, montanhas de escombros ainda são parte da paisagem do Haiti. Agora, um estudo do Instituto de Tecnologia da Georgia, Georgia Tech, nos Estados Unidos, sugere que o problema pode se tornar solução para criar moradias para os flagelados.
O autor do estudo é o engenheiro especializado em terremotos Reginald Des Roches, que nasceu no Haiti, e viajou diversas vezes a Porto Príncipe para recolher amostras e estudar a composição das ruínas de prédios da capital haitiana.
Ele constatou que o concreto usado nas construções haitianas não era da melhor qualidade. Por isso, quando reciclado em novos blocos de concreto estrutural, apresentava menos da metade da resistência regulamentada para construções americanas.

Mas, DesRoches descobriu também que ao utilizar o material dos escombros moído, o concreto resultante apresentava grande resistência, podendo ser usado em construções robustas na região - constantemente ameaçada por tremores.

O engenheiro diz que a reciclagem das construções desabadas resolve dois problemas de difícil solução:
1. O que fazer com os destroços - uma  vez que existem poucos aterros seguros e menos ainda caminhões disponíveis para o transporte;
2. Onde encontrar e novamente como transportar material para usar na mistura de concreto.

A ideia não é inédita - na Europa, alguns países chegam a utilizar até 20% de materiais reciclados em concreto estrutural - mas os testes da Georgia Tech mostram que seria possível começar imediatamente a reconstrução do país a partir das próprias "cinzas".

"É preciso mais trabalho para caracterizar os materiais reciclados, testes adicionais de parâmetros de performance e avaliar a maneira mais segura de moer os escombros", afirmou Des Roches.

Comentário:  
O mais comum nas cidades é construir a partir de   um objetivo,  organizar  e criar  um espaço, levando em consideração as necessidades do cliente, normalmente a partir de um projeto arquitetônico, nesta concepção projetual, os caminhos tornam-se viáveis  e constituem a realização de um projeto.
No caso relacionado ao texto, vimos que devido a uma manifestação da natureza, um país inteiro foi destruído, logicamente as condições necessárias para alterar, transformar um ambiente não existem tão facilmente, a reconstrução deverá ser feita  através do reaproveitamento do entulho   e das composições existentes.
 O entulho gerado com o terremoto é constituído de todos os materiais de construção, cito argamassa, areia, cerâmicas, concretos, madeira, metais, papéis, plásticos, pedras, tijolos, tintas, etc., o que dificulta a utilização em massa deste entulho. É necessário uma separação minuciosa para poder avaliar a composição química de cada material existente.
A indústria da construção civil é geradora de toneladas de entulho. Parte deste entulho fica na própria obra e parte é levada para os aterros, jogado ao longo de estradas e avenidas e em margens de rios e córregos, pois a reutilização deste entulho ainda não é disseminada francamente na Indústria da Construção civile ainda não gera lucros significativos aos empreendedores.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A Casa dos Faria

 
 
TEXTO  RETIRADO DO LINK: http://casadosfaria.blogspot.com/2010/03/agua-da-chuva-e-nossa.html

"E não é que, finalmente, entrou em funcionamento o sistema de reaproveitamento da água da chuva na Casa dos Faria? E o negócio funciona mesmo! Nunca duvidei de tudo aquilo que temos lido e aprendido nos últimos anos a respeito de construções ecologicamente corretas, mas ver a coisa acontecendo em casa é totalmente diferente.

Primeiro fizemos a laje de cobertura exposta, sem telhado, mas com curvas para que a água da chuva escorra direto para as calhas instaladas nas laterais. A imagem vertical (não reparem na montagem panorâmica meia-boca feita pela câmera) mostra o vão que separa o bloco social do bloco dos quartos e as calhas instaladas nas laterais de ambos. A calha da esquerda joga a água para a corrente que a direciona ao ralo; a da direita é canalizada diretamente para outro ralo.

Depois construímos uma cisterna horizontal para receber e armazenar essa água toda. Vejam ela na imagem horizontal, sob o piso de pedra tipo Pirenópolis e o chuveirão feito de pedra caverna, a mesma do muro da entrada. A capacidade da cisterna é de 9 mil litros, que a princípio parece muito, mas basta uma dessas chuvaradas de Brasília (nem precisa ser um temporal horroroso) para deixar água saindo pelo ladrão, literalmente.


Por último, instalamos na semana passada uma bomba submersa e duas bóias que regulam seu acionamento automático. Daí a necessidade de duas caixas d'água de 1.000 litros cada, uma só para vasos sanitários e jardim - o destino da água da chuva - e outra para pias e chuveiros, abastecida com água da rua. Quando o nível da caixa d'água cai, a bomba entra em ação durante um ou dois minutos, até deixar no nível normal. Caso a água da cisterna acabe, o que acontecerá no período de seca, a água normal da rua encherá a caixa assim que a segunda bóia der o sinal."
 
 
COMENTÁRIO:  A sociedade está se conscientizando da necessidade de criar alternativas que proporcionem  melhor desempenho e que atue com eficiência na questão ambiental, e como nem sempre contam com os mecanismos e tecnologias desenvolvidas por profissionais da área, executam de maneira simples elementos que os atenda com eficiência.
 A arquitetura é um desafio constante em busca de soluções que minimizem os impactos ambientais e que atendam a necessidade dos  seus usuários.