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terça-feira, 28 de junho de 2011

Monografia_1ºSemestre_2011

CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO





DORCAS JOHNE DA SILVA










MATERIAIS CONSTRUTIVOS NA ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO CIVIL: estudo das vantagens econômicas e ambientais de sua utilização




















Belo Horizonte
2011
DORCAS JOHNE DA SILVA
















MATERIAIS CONSTRUTIVOS NA ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO CIVIL: estudo das vantagens econômicas e ambientais de sua utilização



Trabalho apresentado como exigência parcial da disciplina Atelier Integrado do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.















Belo Horizonte
2011
Monografia aprovada em: 28 de junho de 2011.

Professor Frederico Canuto
Professor da Disciplina Atelier Preparatório – Pré-TFG
Membro da Comissão Especial do TFG

Professora Karine Gonçalves Carneiro
Professora da Disciplina Atelier Preparatório – Pré-TFG
Membro da Comissão Especial do TFG

Professor Marcelo Reis Maia
Professor da Disciplina Atelier Preparatório – Pré-TFG
Membro da Comissão Especial do TFG

Professora Natália Mara Arreguy Oliveira
Professora da Disciplina Atelier Preparatório – Pré-TFG e Tópicos Especiais em Arquitetura
Membro da Comissão Especial do TFG

LISTA DE ILUSTRAÇÕES


FIGURA 1
Casa convencional – frente .............................................
18
FIGURA 2
Casa convencional – interior ...........................................
19
FIGURA 3
Casa convencional – detalhe escada externa .................
19
FIGURA 4
Vista lateral e interna .......................................................
20
FIGURA 5
Vista frontal e parcial .......................................................
20
FIGURA 6
Planta ilustrativa da Casa Estrela ....................................
21
FIGURA 7
Tijolo de ADOBE – produção ...........................................
22
FIGURA 8
Tijolo de Adobe utilizado na casa Estrela ........................
23
FIGURA 9
Detalhe da casa Estrela ...................................................
23
FIGURA 10
Telhado da área de lazer – Casa Estrela ........................
24
FIGURA 11
Tinta de terra crua utilizada na Casa estrela ...................
25
FIGURA 12
Edificio da FIEMG ............................................................
26
FIGURA 13
Eficiência energética – Edifício da FIEMG ......................
27
FIGURA 14
Minha Casa Holcim ..........................................................
28
FIGURA 15
Parte interna da  Minha  Casa Holcim .............................
29
FIGURA 16
Sahara Forest Project ......................................................
30















SUMÁRIO












1. INTRODUÇÃO



            O tema desenvolvido no trabalho de preparação para TFG foi relacionado à utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis na arquitetura e construção civil.
            Escolheu-se o assunto, pois as preocupações com a preservação do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável a cada dia que passa ganha mais a atenção da sociedade e se estende por diversas profissões.
            Segundo Kraemer (2005) a sustentabilidade tem sido debatida desde a década de 80 em todo o mundo e sua idéia principal é "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas".
            Daí, pesquisas e estudos em todo o mundo levaria a tópicos relevantes para que se tenha uma construção sustentável nos parâmetros vigentes quanto às questões ambientais.
            Com relação ao crescimento da utilização de materiais construtivos na arquitetura e na construção civil, Corrêa (2009, p. 10) faz a seguinte afirmação: “a constituição das cidades atualmente tem exigido qualificação e técnicas mais apropriadas e vantajosas para se construir edifícios cada vez mais sustentáveis”.
            Desse modo, surgem as edificações concebidas com responsabilidade social. Diante dessa tendência, pretende-se desenvolver um trabalho teórico e prático que demonstre a utilização de tais materiais, apresentando um estudo de caso onde haverá uma comparação entre uma construção feita com materiais construtivos e tecnologias sustentáveis e outra feita com materiais tradicionais.
            Escolheu-se como unidade de estudo uma casa do modelo tradicional, localizada no Condomínio Quintas do Sol; Rodovia MG 030 Km 20 – Nova Lima- MG.
Além desta, foi utilizada uma casa construída com materiais construtivos e tecnologia sustentável no município de Rio Manso, projetada pelo Arquiteto Flávio Pereira Dias Duarte. A citada obra foi utilizada para que fosse possível comparar através da apresentação de dados relacionados às obras, as vantagens econômicas e ambientais da utilização dos citados materiais.
Para que o trabalho adquirisse maior consistência e dados relevantes para uma análise comparativa foram também utilizadas três  obras análogas, sendo a primeira localizada na cidade de Belo Horizonte. A obra foi o Edifício Robson Braga de Andrade, mais conhecido como o Edifício Sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – FIEMG. A segunda obra foi o projeto “Minha casa Holcim”, que foi desenvolvido exclusivamente para uma casa de baixo custo e com máximo aproveitamento de recursos naturais como a luz do sol e o vento.
            A terceira obra análoga está localizada na Jordânia e também relacionada diretamente com a reutilização da água do mar, produzir energia através de estufas  para fornecer uma quantidade enorme de energia renovável e sustentável para soluções agrícolas, essencialmente transformando um dos ambientes mais inóspitos do mundo em um oásis de prosperidade.
            Conforme estudos apresentados no corpo do presente trabalho foram ressaltados a necessidade de reflexão sobre a abrangência dos conceitos de materiais construtivos, sustentabilidade e principalmente a possibilidade de alterar os parâmetros vigentes para que se possam obter construções com bases cada vez mais sustentáveis.
            Destaca-se ainda que na visão de Corrêa (2009) qualquer empreendimento humano para ser sustentável deve atender de modo equilibrado, a quatro requisitos básicos, a saber:

-     Adequação ambiental;
-     Viabilidade econômica;
-     Justiça social;
-     Aceitação cultural.

De forma prática, ao utilizar os critérios descritos por Corrêa (2009) a construção civil e a arquitetura em geral procuram adequar às obras a eles. No caso da adequação ambiental, por exemplo, procura-se construir sem desmatar áreas de preservação ou, por exemplo, alterar a paisagem natural. No caso da viabilidade econômica, as obras procuram aliar a qualidade dos materiais utilizados, seu valor sustentável e o preço. Claro que nesse caso, a utilização dos materiais construtivos visa à economia, como o caso da utilização de sistemas de aquecimento solar, diminuindo o consumo de energia elétrica.
A questão da justiça social e aceitação cultural é um ponto relevante e cada vez mais valorizado por empresas de construção civil e arquitetura, pois a sociedade valoriza e escolhe empresas que são consideradas socialmente responsáveis e a utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis é uma significativa estratégia para a imagem das empresas do setor.
            Assim, o caso apresentado na parte prática do trabalho visou atender e analisar os quatro requisitos citados, citando de maneira prática como cada critério vai se enquadrar nas obras analisadas.

1.1 Problemática


            Quais as vantagens econômicas, ambientais, social e cultural da utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis sobre os materiais de construção tradicionais na elaboração de projetos para arquitetura e construção civil?

1.2 Objetivos


1.2.1 Objetivo Geral


            Apresentar as vantagens econômicas de utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis para a minimização de custos nas obras e preservação do meio ambiente em comparação com os materiais de construção tradicionais.

1.2.2 Objetivos específicos


-     Descrever sobre a utilização de materiais construtivos na elaboração de projetos para construção civil;
-     Identificar as diferenças principais entre obras feitas com materiais ambientalmente responsáveis e materiais tradicionais.
-     Verificar se as obras analisadas atendem aos requisitos básicos para serem consideradas como obras sustentáveis e ecologicamente corretas.
-     Destacar as vantagens econômicas da utilização desses materiais em comparação com materiais de construção tradicionais.

1.3 Justificativas do tema


            Em primeiro lugar o assunto é de interesse ambiental já que a utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis apresentam características e vantagens para colaborar com a preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos renováveis.
            Sob o ponto de vista de uma empresa, atuante na elaboração e desenvolvimento de projetos arquitetônicos para a construção civil, a utilização de tais materiais pode, ao mesmo tempo, representar economia e minimização de custos e ainda a possibilidade de desenvolver obras socialmente responsáveis, uma tendência cada vez mais crescente no setor de construção (CASTELNOU, 2006).
            Para a aluna e autora do projeto o tema é de interesse profissional, já que a mesma atua em uma empresa que tem utilizado tais materiais. Nesse caso é uma oportunidade de verificar na prática quais realmente são suas vantagens econômicas em comparação com os materiais tradicionais e que tipo de benefícios esses materiais construtivos podem trazer para a composição final da construção e satisfação do cliente.








2. REVISÃO DA LITERATURA



            Os tópicos apresentados a seguir serão desenvolvidos visando um aprofundamento sobre materiais construtivos e tecnologias sustentáveis na arquitetura e construção civil.

2.1 Materiais construtivos: definição e características


O processo de projetar se baseia na identificação de necessidades e no desenvolvimento de meios e instrumentos pelos quais estas são supridas. Diante das novas tendências, cada vez mais a arquitetura e a construção civil tem utilizado materiais e sistemas construtivos em seus projetos e obras em geral.
Para Ferreira (2006, p. 01), um sistema construtivo pode ser definido como “um conjunto de elementos combinados em um todo, organizado para servir a um objetivo comum. Ainda, um sistema construtivo é um sistema de produção, conjunto de processos construtivos, cujo produto objeto é um edifício”.
Castelnou (2006) destaca que com relação à arquitetura, há uma corrente que defende o uso dos citados materiais cada vez mais nas obras e projetos e a essa corrente o autor chama de “corrente ecológica”.
Segundo Steele (1997, citado por CASTELNOU, 2006, p. 02) “O principal objetivo da chamada eco-arquitetura ou arquitetura sustentável seria o de produzir uma edificação que se adapte ao clima, iluminação, ventilação e topografia, tirando proveito das condições naturais do lugar, utilizando materiais sustentáveis e reduzindo – ou até mesmo eliminando – o desperdício energético”.
Por fim, Castelnou (2006) cita a chamada eco-tech architecture, amplamente difundida a partir dos anos 90, defende o uso da alta tecnologia para minimizar os impactos ambientais, utilizando para isto sistemas computadorizados e autogestores.
Assim, nos tópicos a seguir serão vistos aspectos relacionados à corrente ecológica e o uso de materiais e sistemas construtivos na arquitetura e na construção civil, verificando também seus impactos e vantagens econômicas sobre o uso de materiais de construção tradicionais.

2.2 Ecoprodutos e tecnologias sustentáveis


            Segundo ensina Ferreira (2006, p. 02) a tecnologia construtiva é um “conjunto sistematizado de conhecimentos científicos e empíricos, relacionados a um modo específico de se construir um edifício (ou parte dele) e empregados na criação, produção e difusão deste modo de construir.
            Ferreira (2006) ainda explica que na construção a evolução tecnológica deve passar pela criação e aperfeiçoamento de: materiais e componentes e procedimentos operacionais e organizacionais (planejamento, gerenciamento e controle das construções)

2.3 Os Impactos da construção civil e da arquitetura sobre o meio ambiente

            O desenvolvimento econômico, aliado ao desenvolvimento do capitalismo moderno fez alavancar significativamente as construções e edificações na área urbana, fazendo crescer as cidades, causando, consequentemente uma série de impactos negativos ao meio ambiente, principalmente o desmatamento e a degradação do solo em geral.
            Com o avanço industrial, houve a crescente migração populacional dos meios rurais para as cidades. Devido às consequentes mudanças sócio-econômicas, muitas destas famílias passaram a viver em zonas periféricas dos grandes centros urbanos, em  tais locais com condições precárias para a habitação  humana e construindo residências sem a menor preocupação com a preservação do meio ambiente.
            Damasceno e Battistele (2005, p. 01) ensinam também que “a exploração sem planejamento de recursos naturais, como o petróleo e a água potável, a extração ilegal de madeiras sem a preocupação com o reflorestamento, as queimadas, as atividades industriais, entre tantas outras, também contribuem para a manutenção desses problemas”.
Conforme destaca Castelnou (2006) as preocupações ambientais na arquitetura podem ser vistas desde a segunda metade do século XX conseqüência do desenvolvimento de disciplinas nos cursos de graduação relacionadas com a conservação da natureza, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. Porém, conforme descreve o mesmo autor, nos últimos anos, essa preocupação tem aumentado bastante, especialmente no âmbito da cultura, quando artistas, arquitetos, historiadores e outros peritos em patrimônio – tanto natural quanto cultural – voltaram-se para a defesa da preservação do meio ambiente.
Parte dessa preocupação com a preservação do meio ambiente é decorrente do próprio desenvolvimento da construção civil, pois:

O setor da construção civil tem uma margem muito significativa de participação na degradação ambiental. A construção e a utilização dos edifícios consomem em torno de 50% dos recursos naturais, 40% da energia e 16% da água, totalizando para um edifício um consumo de energia responsável por mais de ¼ das emissões dos gases causadores do efeito estufa, especialmente o CO2 (DAMASCENO e BATTISTELI, 2005, p. 02)

            Visando minimizar os impactos da construção civil no meio ambiente Corrêa (2009) cita algumas medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de desenvolvimento sustentável e à preservação do meio ambiente, a saber:

-        uso de novos materiais na construção;
-        reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
-        aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica;
-        reciclagem de materiais reaproveitáveis;
-        consumo racional de água e de alimentos;
-        redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos.

2.3.1 construção ecológica e construção sustentável


            Segundo Corrêa (2009, p. 11) a sustentabilidade foi tema de debate iniciado na década de 80 com o Relatório de Brundtland (1987) e era, enquanto definição geral: "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas".
Para Alva (1997 citado por CASTELNOU, 2006, p. 06):

A sustentabilidade pode ser entendida, em termos ecológicos, como a capacidade que tem um ecossistema de atender às necessidades das populações que nele vivem; ou, em termos políticos, o que limita o crescimento em função da dotação de recursos naturais, da tecnologia aplicada no uso desses recursos e do nível efetivo de bem-estar da coletividade. Na verdade, tratam-se de conceitos complementares: a partir de certa capacidade “natural” de suporte, as sociedades organizadas buscariam ampliar sua capacidade de sustentação para suprir o aumento de sua população ou a elevação dos níveis de consumo.

Na visão de Corrêa (2009, p. 200) qualquer empreendimento ou construção para ser sustentável deve atender de modo equilibrado, a quatro requisitos básicos: a adequação ambiental, viabilidade econômica, justiça social e aceitação cultural.
Destaca-se ainda que a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura - AsBEA, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável - CBCS e outras instituições citadas por Corrêa (2009) apresentam diversos princípios básicos da construção sustentável, dentre os quais é possível destacar:

-        Aproveitamento de condições naturais locais;
-        Utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural;
-        Implantação e análise do entorno;
-        Não provocar ou reduzir impactos no entorno – paisagem, temperaturas e concentração de calor, sensação de bem-estar;
-        Qualidade ambiental interna e externa;
-        Gestão sustentável da implantação da obra;
-        Adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários;
-        Uso de matérias-primas que contribuam com a eco-eficiência do processo;
-        Redução do consumo energético;
-        Redução do consumo de água;
-        Reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos;
-        Introduzir inovações tecnológicas sempre que possível e viável;
-        Educação ambiental: conscientização dos envolvidos no processo.




















3. METODOLOGIA DA PESQUISA



3.1 Métodos e técnicas de pesquisa


            Este trabalho teve como meta apresentar as vantagens econômicas e  ambientais  de utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis para a minimização de custos nas obras e preservação do meio ambiente em comparação com os materiais de construção tradicionais.
Assim sendo, o tipo de pesquisa utilizado no desenvolvimento deste projeto seguiu as definições de Gil (2002) que inicialmente qualifica uma pesquisa quanto à sua natureza, podendo esta ser uma pesquisa básica ou aplicada. Este projeto foi desenvolvido com base em uma pesquisa aplicada que tem como objetivo principal gerar conhecimentos práticos e são dirigidas para solucionar problemas específicos (GIL, 2002).
            Quanto aos objetivos, foi uma pesquisa experimental. Gil (2002) diz que esta pesquisa consiste em determinar um objeto de estudo e selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo definindo as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto e tem condições determinadas.
Quanto aos procedimentos, foi uma pesquisa bibliográfica que, de acordo com Vergara (2006, p. 48), é conceituada como “o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”.  A pesquisa bibliográfica é necessária para aprofundar conhecimentos sobre sustentabilidade, materiais construtivos, tecnologias sustentáveis e outros temas relevantes para o desenvolvimento do trabalho.
Finalmente destaca-se que a parte prática foi realizada com base em um estudo de caso. Yin (2001) destaca que o estudo de caso serve para que seja possível fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção realizada.



3.2 Instrumentos de pesquisa: coleta de dados


            O trabalho compreendeu em apresentar dados de projetos desenvolvidos e executados, buscando uma comparação e análise das vantagens da utilização dos materiais construtivos e das tecnologias sustentáveis na arquitetura e na construção civil.
            Os dados foram colhidos através de:

-     Pesquisa de observação direta da aluna no local onde as obras estão sendo executadas. A observação consistiu em colher dados a respeito do projeto arquitetônico, plantas e medidas, características gerais e uso dos materiais listados nos resultados desta pesquisa.
-     Pesquisa documental utilizando as plantas dos projetos, dados e informações referentes aos materiais e tecnologias utilizadas, custos, tipos de materiais, local onde os materiais são utilizados e objetivos da utilização dos materiais. Tal pesquisa foi utilizada com o objetivo de colher os dados relacionados aos custos dos materiais, características das obras e etc.
-     Entrevista com os agentes envolvidos, (arquitetos e responsáveis pela execução das obras, visando colher informações sobre a utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis, suas vantagens e viabilidade para o mercado). Destaca-se que a entrevista realizada com  arquiteto responsável pela obra “estrela” encontra-se apresentada no próprio desenvolvimento da análise da obra e a entrevista realizada com um técnico em analise de projetos encontra-se apresentada no APÊNDICE 1 deste trabalho.

A entrevista, segundo Collis e Hussey (2005, p. 24) é realizada a partir de um roteiro elaborado pelo próprio pesquisador e aplicada a pessoas de interesse que atuam no ramo em questão. Os roteiros utilizados para a realização das entrevistas encontram-se apresentados no APÊNDICE 2 deste trabalho.
Para que o trabalho adquirisse maior consistência, foi também realizada uma pesquisa documental utilizando as plantas dos projetos, dados e informações referentes aos materiais e tecnologias utilizadas, custos, tipos de materiais, local onde os materiais são utilizados e objetivos da utilização dos materiais;

A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas esta na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam de acordo com os objetos de pesquisa (GIL, 2002, p.51).

3.3 Objetos de análise


            Os objetos de análise desse projeto são compostos por uma casa do modelo tradicional, localizada no Condomínio Quintas do Sol; Rodovia MG 030 Km 20 – Nova Lima- MG, uma casa construída com materiais construtivos, denominada pelo seu arquiteto como   Casa “Estrela” que está localizada no município de Rio Manso e tem seu projeto  assinado pelo arquiteto e urbanista Flávio Pereira Dias Duarte.
            As obras análogas consistem em uma Edificação na cidade de Belo Horizonte, conhecida como Edifício Sede da FIEMG, EDIFÍCIO ROBSON BRAGA DE ANDRADE, tendo como responsáveis pela arquitetura: a empresa MF Camargos Arquitetura – Maria de Fátima Diniz Camargos, e sua equipe Luciana de Paula Rezende e Lucas Ramalho de Azevedo. O gerenciamento geral da obra é de responsabilidade da  Construtora Diniz Camargos Ltda.
            A segunda obra análoga é o projeto “Minha casa Holcim”, que foi  desenvolvido exclusivamente para uma casa de baixo custo e com máximo aproveitamento de recursos naturais como a luz do sol e o vento. O projeto foi patrocinado pela Empresa produtora de cimentos Holcim, em parceria com a faculdade de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FAU/UFRJ).
            A terceira obra análoga está localizada na Jordânia e também relacionada diretamente com a reutilização da água do mar, produzir energia através de estufas  para fornecer uma quantidade enorme de energia renovável e sustentável para soluções agrícolas, essencialmente transformando um dos ambientes mais inóspitos do mundo em um oásis de prosperidade.


























4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS



4.1 Casa convencional


            Os dados apresentados a seguir foram obtidos através da realização da pesquisa de observação direta da aluna e autora do trabalho no próprio local da construção da obra convencional.
            As figuras abaixo apresentam características gerais da casa

Figura 1: Casa convencional – frente
Fonte: Condomínio Quintas do Sol (2011)

Figura 2: Casa convencional – interior
Fonte: Condomínio Quintas do Sol (2011)

Figura 3: Casa convencional – detalhe escada externa
Fonte: Condomínio Quintas do Sol (2011)




Nas figuras abaixo encontram-se mais detalhes da casa convencional.




Figura 4: Vista lateral e interna
Fonte: Condomínio Quintas do Sol (2011)




Figura 5: Vista frontal e parcial
Fonte: Condomínio Quintas do Sol (2011)

            A realização da pesquisa detectou as seguintes características relacionadas ao tipo de tijolo utilizado na obra:

-        Tipo: Cerâmico (19x29x09);
-        Quantidade: 5.000 unidades;
-        Custo da mão de obra para vedação: R$ 210,00m²

Quanto ao telhado os dados obtidos na pesquisa foram:

-        Tipo de telha: fibrocimento (244x110);
-        Custo unitário por telha: R$ 27,45
-        Materiais para o engradamento do telhado embutido:
Madeiras do tipo Parajú R$ 22,00mL
Custo de mão-de-obra: R$ 19,50m² construído.
Recurso para captação  e reutilização água: não há

4.2 A casa “Estrela”


            Conforme já mencionado, a “casa estrela” está localizada no município de Rio Manso, teve como autores do Projeto o arquiteto Flávio Pereira Dias Duarte. Este nome foi escolhido  devido ao seu formato, pois a edificação foi feita em 5 módulos, seguindo a conformação de uma estrela, conforme visto na FIGURA 6 abaixo:

Figura 6: Planta ilustrativa da Casa Estrela
Fonte: Blog do arquiterto responsável (2011)[1]

            De acordo com o arquiteto, a área total construída da casa é de 437m² e em todas as suas dependências foram utilizados Tijolo do tipo ADOBE, que são feitos à base de terra crua.
É importante destacar que os tijolos adobes apresentam diversas vantagens sendo uma das principais o baixo custo deste material. Além disso, deve-se considerar o consumo de energia, pois a técnica não utiliza qualquer tipo de combustível, ou seja, não há necessidade de queima de carvão. Há também a vantagem sócio-cultural, pois este procedimento permite a redução de custos na produção da habitação social. De acordo com o arquiteto, o material desempenha excelente conforto acústico e térmico, possibilitando diminuir custos relacionados ao aquecimento e calefação geral.
Sobre os custos financeiros, verificou-se no processo produtivo uma pessoa  é capaz de produzir em média 60 tijolos de adobe por dia e em cada m² de parede são necessários 30 tijolos.
Considerando apenas o tijolo, sem levar em conta outros materiais e mão-de-obra temos que:

-     Dimensão Tijolo Adobe: 20,0x 20,0x 32,4cm;
-     Custo vedação com Adobe simples: R$ 0,90 por m²;
-     Custo vedação Adobe com fibras de coco: R$ 3,69 por m²;
-     Custo sistema Captação e reutilização água: R$ 300,00 (material e montagem)

            A Figura 7 abaixo destaca os tijolos usados na obra:

Figura 7: Tijolo de ADOBE - produção
Fonte: Blog do arquiterto responsável (2011)
Figura 8:  Tijolo de Adobe utilizado na casa Estrela
Fonte: Blog do arquiterto responsável (2011)


Figura 9:  Detalhe da casa Estrela
Fonte: Blog do arquiterto responsável (2011)



            Segundo o arquiteto, essa casa de campo foi projetada especialmente para uma  família mineira simples, arrojada, aconchegante e bonita. Segundo ele, “a casa traduz o sonho dos moradores, que almejavam uma casa totalmente integrada com natureza, e, além disso, tinham um estimulo do pai da família que sonhou habitar com sua família em uma casa com o formato de uma estrela.”
            A  Técnica utilizada foi de estruturar com o próprio adobe, e assim a alvenaria teve a função estrutural e também de vedação. Os adobes foram  produzidos “in loco” reutilizando o solo proveniente do corte para  a terraplenagem.
            O telhado da área de lazer foi construído com bambus e eucaliptos tratados, produzindo assim um telhado “vivo”, logicamente com os cuidados com a impermeabilização, drenagem, filtro e vegetação.
            Um dos sanitários da área de lazer  foi produzido com compostagem a seco, sem a utilização de água. Os resíduos não produzem mau cheiro e ainda são utilizados como composto para adubação.
            A figura 10 abaixo apresenta o ecotelhado utilizado na área de lazer.
Figura 10: Telhado da área de lazer – Casa Estrela
Fonte: Blog do arquiterto responsável (2011)

            Outro detalhe interessante na realização da obra foi a utilização de uma tinta feita com a terra crua, proveniente do mesmo material utilizado na fabricação do tijolo adobe. Essa tinta foi utilizada para complementar a argamassa e para efeitos de decoração. A figura 11 apresenta sua composição final:

Figura 11: Tinta de terra crua utilizada na Casa estrela
Fonte: Blog do arquiterto responsável (2011)


            De maneira geral, pode-se citar que as principais vantagens das construções com terra são;

-     Extremamente saudáveis, seguras, duráveis e com alto padrão de sustentabilidade;
-     Apresentam confortos acústicos e térmicos de até 30% em relação às coberturas convencionais;
-     Apresentam qualidade higroscópica, ou seja, a terra crua permite uma permeabilidade seletiva, otimizando as trocas gasosas e a dispersão da umidade. As paredes “respiram”;
-     Diminuição da variação de temperatura no interior das edificações ou baixa amplitude térmica;
-     Não derruba árvores para queima e não lança CO2 na atmosfera, minimizando o efeito estufa;
-     Tem acabamento natural de alto padrão estético e de grande durabilidade

4.3 Obras Análogas


            As obras análogas, conforme já destacadas são o Edifício sede FIEMG. Este foi concluído no ano de 2010. Sua área total construída é de 14.729,10 m² e os nomes dos arquitetos e responsáveis foram citados no capitulo 3 deste trabalho.
De acordo com a pesquisa realizada pela autora o edifício foi construído dentro da proposta de sustentabilidade, priorizando a economia e o uso racional de energia elétrica. A figura 12 abaixo é uma imagem ilustrativa da obra.

Figura 12: Edificio da FIEMG
Fonte: http://www.fiemg.com.br

Procurando destacar detalhes e características da obra, é possível dizer que o Edifício sede da FIEMG, obteve o título de primeiro edifício certificado em Minas Gerais. O mesmo conseguiu a certificação após ter sido construído sob avaliações criteriosas do método prescritivo para envoltória, sistema de ar condicionado e também de iluminação.
Os níveis alcançados foram:
-     Envoltória: Nível C;
-     Sistema de iluminação: Nível B;
-     Sistema de Condicionamento de Ar: Nível A.

Abaixo, o destaque na etiqueta da classificação citada:


Figura 13: Eficiência energética – Edifício da FIEMG

O Objetivo da certificação do selo Procel, é necessariamente informar ao consumidor o nível de eficiência energética que o aparelho de sua escolha está classificado. Através desta orientação, ele poderá adquirir produtos mais eficientes em termos de consumo de energia e desta forma também estará contribuindo para a preservação ambiental.
A segunda obra análoga apresentada é o projeto “Minha Casa Holcim”. Este foi pensado para atender a uma adaptação residencial para quem tem algum tipo de deficiência física e também aos itens de sustentabilidade que são: Economia de energia e água, conforto térmico, acústico e também a reciclagem de lixo, inclusive o óleo de cozinha. Foram projetadas maiores e mais altas aberturas, proporcionando melhor iluminação natural, ventilação circular e opções para catação de energia solar, captação de água da chuva para reutilização em jardins, lavagem de áreas externas e ou de acordo com o desejo do morador.
Os projetos foram desenvolvidos pelos arquitetos Osvaldo Luiz de Souza e Alice de Barros Horizonte Brasileira, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ. Outro fator que é relevante é a forma como poderá ser comercializado o projeto e os materiais necessários para a sua execução, ambos estarão dispostos nas casas de materiais e construção, onde o cliente verá uma maquete em 3D e em seguida adquire o modelo de sua preferência e também o kit montagem. A construção leva em torno de 60 dias para ser finalizada, reduzindo assim, os custos de uma obra convencional. Abaixo algumas figuras ilustrativas
Figura 14: Minha Casa Holcim
Fonte:http://yahoo.zap.com.br/revista/imoveis/ultimas-noticias/uma-casa-popular-e-sustentavel-que-sera-vendida-em-lojas-de-materiais-de- construcao-20100304/
Figura 14 Parte interna da  Minha  Casa Holcim.
Fonte:http://yahoo.zap.com.br/revista/imoveis/ultimas-noticias/uma-casa-popular-e-sustentavel-que-sera-vendida-em-lojas-de-materiais-de-construcao

            A terceira obra análoga está localizada na Jordânia e nessa obra o destaque é a energia solar e o clima quente do deserto, que será utilizado para converter água salgada em água doce, que é então usada para cultivar hortaliças e algas (para absorver o CO2). O CSP fornece a energia para toda a operação. CSP usa milhares de espelhos que concentra a luz solar direta sobre uma caldeira de água que é aquecimento a mais de 500 ºC. A caldeira produz vapor que move uma turbina para gerar energia. O Sahara Forest Project foi criado pelo arquiteto Michael Pawlyn, o designer Seawater Greenhouse Charlie Paton, e o engenheiro de estruturas Bill Watts. A equipe irá realizar estudos globis este ano e desenvolver um centro de demonstração em 2012. O desenvolvimento comercial é provável que comece em 2015. As Figuras abaixo apresentam uma ilustração da obra









Figura 15: Sahara Forest Project
Fonte: http://ambienteprojeto.com/energia/noruega-e-jordania-se-juntam-em-projeto-sustentavel-no-deserto-2














5. CONCLUSÃO



            A realização do presente trabalho, teve como objetivo geral apresentar as vantagens econômicas de utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis para a minimização de custos nas obras e preservação do meio ambiente em comparação com os materiais de construção tradicionais. Para que o objetivo fosse atingido, foi inicialmente realizada uma pesquisa bibliográfica que possibilitou entender os principais conceitos relacionados, dentre os quais salienta-se que um material construtivo está relacionado ao elemento utilizado com o objetivo de produzir a chamada eco-arquitetura, ou seja, produzir obras com características ambientais, sustentáveis e ecologicamente corretas.
            O uso de tais materiais encontra-se em crescimento embora ainda exista uma significativa resistência tanto das construtoras e arquitetos como dos próprios clientes para a sua utilização e tal resistência é conseqüência principalmente devido a falta de conhecimento sobre suas reais vantagens.
            A parte prática do trabalho constou de uma análise comparativa entre uma obra construída pelo sistema convencional e uma obra construída com materiais construtivos.
            A pesquisa constou de visitas às obras, entrevistas e coleta de dados retirados de plantas, documentos e de sites das obras e dos arquitetos responsáveis.
            O trabalho ainda utilizou três obras análogas devidamente caracterizadas no desenvolvimento que tiveram como objetivo complementar os estudos.
            Visando de fato responder à pergunta proposta no trabalho que foi: quais as vantagens econômicas, ambientais, social e cultural da utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis sobre os materiais de construção tradicionais na elaboração de projetos para arquitetura e construção civil?
            Pode-se realizar as seguintes conclusões. Com relação à adequação ambiental é inegável que as obras construídas com materiais construtivos são muito mais adequadas às questões ambientais atualmente. Primeiro porque em geral utilizam em sua base tijolos produzidos com material disponível  no solo (terra crua e cozida). Estes tijolos não precisam passar pelo processo produtivo que um tijolo comum e desse modo não há queima de carvão e utilização de sistemas poluentes.
            A casa “estrela” conforme se pode verificar foi toda construída com o Tijolo do tipo adobe e todo o material necessário foi retirado do próprio local após as obras de terraplanagem. Tal ação representou uma importante estratégia de sustentabilidade, além de dar à obra um aspecto ecológico.
            Nas obras análogas estudadas também é possível utilizar uma série de ações que visaram à adequação ambiental. O Edifício da FIEMG, por exemplo, recebeu inclusive prêmios de sustentabilidade relacionados à economia de energia devido aos sistemas internos utilizados.
            No quesito viabilidade econômica fica claro, através da apresentação dos resultados  que a utilização de materiais construtivos, principalmente nas vedações (tijolo) é muito mais viável do que a utilização de tijolos tradicionais de cerâmica.
            No que se refere à justiça social é preciso considerar que no Brasil, embora seja um direito fundamental garantido na Constituição de 1988, a moradia é um problema social e generalizado. Frequentemente a mídia noticia problemas relacionados à falta de moradia e desse modo é preciso que ações e incentivos sejam pensados para que o uso de materiais construtivos e a conseqüente diminuição dos custos das obras seja um assunto mais divulgado proporcionando, além de minimizar os problemas de moradia, a geração de milhares de empregos e renda através do desenvolvimento da construção civil.
            Finalmente no que se refere à aceitação cultural é preciso considerar que o uso de materiais construtivos ainda não é uma realidade no Brasil, pois como mencionado à falta de conhecimento e de incentivos são as principais barreiras que levam os clientes a não aceitarem estes materiais em suas obras.
            Assim sendo, e diante dos comprovados benefícios que os materiais construtivos e as tecnologias sustentáveis trazem não apenas para promover a preservação do meio ambiente, mas para produzir obras de custo mais acessíveis finaliza-se este trabalho deixando clara a necessidade de continuidade nos estudos, promoção de conhecimento para interessados sobre obras ecológicas e detalhamento de novas pesquisas.

REFERÊNCIAS



CASA ESTRELA. Blog do Arquiteto. Disponível em: http://www.flickr.com/photos/flaviopereiraduarte/sets/72157622882951875/. Acesso em 26 de junho de 2011.


CASTELNOU, Antônio Manuel. Por uma arquitetura ecológica. Rev. Terra e Cultura, a. 18, n, 35, 2006,


COLLIS, J. e HUSSEY, R. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookmann, 2005.


CORRÊA, Lásaro Roberto. Sustentabilidade na construção civil. [Tese de Mestrado] Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Engenharia e Materiais de Construção. Curso de Especialização em Construção Civil. Belo Horizonte, 2009.


DAMASCENO, Lívia Ferraz; BATTISTELLE, Rosane Aparecida Gomes. Arquitetura ecológica: proposta de aplicação conjunta com materiais sustentáveis. Universidade Estadual Paulista, Departamento de Engenharia Civil, 2005.


FERREIRA, Marcelo de Araújo. Sistemas construtivos inovadores. Universidade de Santa Catarina. UFSCar. 2006.


FIEMG. Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. Imagens do edifício da FIEMG. 2011. Disponível em: http://www.fiemg.com.br. Acesso em 26 de junho de 2011.


GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.


KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Responsabilidade social: uma alavanca para sustentabilidade. 2005. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br/gestao /sustentabilidade.doc>. Acesso em: 21 de março de 2011.


PROJETO MINHA CASA HOLCIM. Detalhes das obras e figuras ilustrativas. Disponível em: http://yahoo.zap.com.br/revista/imoveis/ultimas-noticias/uma-casa-popular-e-sustentavel-que-sera-vendida-em-lojas-de-materiais-de-%20construcao-20100304/. Acesso em 26 de junho de 2011.
PROJETO Sahara Forest Project. Disponível emhttp://ambienteprojeto.com/energia/noruega-e-jordania-se-juntam-em-projeto-sustentavel-no-deserto-2. Acesso em 26 de junho de 2011.


VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2006.


WEIDLE, Érico P. S. Sistemas construtivos na programação arquitetônica de edifícios de saúde. 2005. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sistemas_edificios.pdf. Acesso em 05 de maio de 2011.


YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.























APÊNDICE 1 – ROTEIRO PARA ENTREVISTA GERAL E RESULTADOS



-     Nome do entrevistado (a): Ricardo Cottini
-     Grau de instrução: Superior-Pós Graduação
-     Idade: 45
-     Empresa: Governo do Estado de Minas Gerais
-     Cargo que ocupa: Técnico Analista  de Projetos

QUESTÕES

  1. Para você, o que significa uma construção sustentável?

                  São aquelas construídas de forma a minimizar os impactos sobre o meio ambiente. Inclui desde a construção utilizando materiais menos agressivos e produzidos sem maiores impactos ao meio ( tijolo, telha, canos, areia, cimento, pedras), observando a natureza do terreno, procurando integrar o imóvel com o que já existe, deve ter também sistemas de reaproveitamento de água e coleta de águas pluviais, iluminação natural para baixo consumo de energia. Deve proporcionar um conforto com simplicidade.  

  1. Atualmente que tipo de tecnologias e materiais construtivos têm sido utilizados nas construções feitas por essa empresa?

                  Valorizar projetos que integrem a construção com o meio ambiente, que tenham sistemas para economia e reaproveitamento de água e coleta de águas pluviais, energia solar, considerem o ciclo dos produtos desde sua produção até o tempo de vida útil e a sua destinação quando for descartado.

  1. Que tipo de benefícios a utilização de materiais construtivos e tecnologias sustentáveis trazem para:

    1. O custo das obras: Utiliza produtos reciclados ou mesmo aqueles naturais do local, com preço menor, porem que ofereçam qualidade.
    2. Qualidade e durabilidade da obra: Uso de materiais simples porém que tenham uma vida média que cubra os custos iniciais.
    3. Design e decoração: Valoriza materiais naturais, dando sensação de integração com a natureza, como uso de fibras naturais, pedras.
    4. Satisfação do cliente: A pessoa deve se sentir segura, entender o processo da sustentabilidade e que ela está contribuindo para isso.
    5. Imagem da empresa que utiliza tais materiais: Confiança, inovação, fazer parte de uma nova mentalidade comercial e de empreendedorismo.

  1. Como tem sido a aceitação dos clientes? e do mercado em geral?

                  Ainda novo, mas aceitável quando bem explicado. O mercado começa a se modernizar para oferecer produtos e serviços necessários para esse tipo de construção.

  1. Você acredita que de fato a utilização desses materiais construtivos e tecnologias sustentáveis contribuem para reduzir os impactos no meio ambiente? Por que?

                  Sim, desde que se tenha toda uma manutenção constante.

  1. O conceito de casas sustentáveis, aplicado geralmente nas classes altas e médias, pode-se aplicar as classes mais baixas?

                  Sim, desde de que haja no mercado uma redução do custo da reciclagem por exemplo. Deixe de ser uma idéia de luxo para um idéia popular e de necessidade, para proteção do meio ambiente e garantia dos recursos naturais indispensáveis a nossa sobrevivência.

  1. Em sua opinião, quais os principais motivos que ainda levam empresas e clientes a resistirem na implantação e utilização dos modelos de arquitetura e construção mais sustentavam?
                  Alto custo, desde a concepção do projeto até a aquisição de materiais e mão-de- obra.

  1. O que fazer para superar essas resistências?

                  Incentivos do Governo e Popularizar, para criar mais concorrentes e assim reduzir os preços. Ainda são poucas as empresas que trabalham nessa linha, daí cobram o que querem.

  1. No final das contas, aplicar o conceito sustentável na construção a torna  mais barata? Por quê?

                 De início não parece, mas em longo prazo sim, pois há um retorno na qualidade ambiental. Questão de água, ar, vegetação, clima.
















APÊNDICE 2 – ROTEIRO PRA A ENTREVISTA – CASA ESTRELA



ROTEIRO PARA A REALIZAÇÃO DA ENTREVISTA:

            Prezado Senhor: este é um trabalho meramente acadêmico, parte de minha conclusão do curso de Arquitetura no Instituto Izabela Hendrix. O tema do trabalho é “MATERIAIS CONSTRUTIVOS NA ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO CIVIL: estudo das vantagens econômicas e ambientais de sua utilização” e estou buscando realizar uma comparação entre uma construção desse tipo e uma construção convencional. Comprometo-me a não fornecer nenhum dado fora do ambiente acadêmico.



Nome do entrevistado:

Formação:

Responsabilidade na obra estudada:



1. Dados sobre a obra

-     Localização
-     Tamanho
-     Inicio da construção
-     Preço total estimado da construção acabada
-     Anexar planta se possível
-     Anexar fotos se possível
-     Outras informações relevantes


QUESTÕES


  1. De onde (e quem) partiu a idéia de realizar essa construção sustentável?
  2. Que tipo de pesquisas o senhor realizou para sugerir essa construção? Onde e como buscou essas informações?
  3. Antes de realizar essa obra já havia projetado alguma obra similar? Como foi o processo?
  4. Qual o perfil geral dos futuros moradores dessa residência? Que tipo de características, em sua opinião eles possuem que mostram os conceitos de sustentabilidade?
  5. Quais as tecnologias (sustentáveis) que tem utilizado na construção em geral?
  6. Em quais partes da obra estão sendo utilizados os materiais construtivos e de que forma estes materiais estão sendo utilizados?

  1. Em sua opinião, que tipo de benefícios a utilização desses materiais vão trazer para:

-     O custo da obra;
-     Qualidade e durabilidade da obra
-     Design e decoração;
-     Satisfação do cliente;
-     Imagem da empresa e de seu trabalho:

  1. Como tem sido a aceitação do cliente?
  2. De maneira geral você acredita que de fato a utilização desses materiais construtivos e tecnologias sustentáveis contribuem para reduzir os impactos no meio ambiente? Por quê?
  3. O conceito de casas sustentáveis, aplicado geralmente nas classes altas e médias, pode-se aplicar as classes mais baixas?
  4. Em sua opinião, quais os principais motivos que ainda levam empresas e clientes a resistirem na implantação e utilização dos modelos de arquitetura e construção mais sustentavam?
  5. O que fazer para superar essas resistências?





























ANEXOS





[1] Disponível em: http://www.flickr.com/photos/flaviopereiraduarte/sets/72157622882951875/. Acesso em 26 de junho de 2011.